D. Henrique - "O Casto"

1578 – 1580
D. Henrique - "O Casto" 
31 de Janeiro de 1512 (Lisboa) – 31 de Janeiro de 1580 (Almeirim)
Não casou
 
Outro caso de sucessão régia anormal em Portugal, pois D. Henrique era tio-avô de D. Sebastião. Com a notícia do desastre de Alcácer Quibir, foi aclamado rei e começou a governar. Ele tinha sido durante muito tempo regente do reino, durante a menoridade. O seu curto reinado corresponde a um período de transição entre dois monarcas efectivos, em que ele foi “soberano interino”.
Para se decidir quem poderia ser o seu sucessor, reuniram-se Cortes em Almeirim, que nada resolveram. Alguns autores atribuem a culpa a D. Henrique, que a não teve, porque estava já muito doente, por vezes até sem o pleno uso dos sentidos, mesmo em estado de coma, vindo a falecer dessa crise de saúde.
Era ainda muito novo quando foi nomeado arcebispo de Braga, de onde transitou para Évora e daqui para Lisboa, acumulando com o cargo de Regente do reino. Voltou a ser arcebispo de Évora, deixando o lugar vago para ser aclamado rei. Nessa altura tinha já sido nomeado cardeal, contava sessenta e seis anos de idade e era muito doente.

O curto reinado do cardeal D. Henrique não regista nenhum facto saliente. A grande preocupação nacional, de governantes e de muitos particulares, era pagar o resgate dos prisioneiros de guerra. Foi chamado “Casto” por ser um destacado eclesiástico e a isso comprometido voluntariamente.