A arte

O Homo sapiens sapiens era um grande artista ao decorar os seus objectos e as paredes das suas cavernas. Deixou-nos dois tipos de arte: a parietal ou rupestre e a móvel.

 

A arte parietal ou rupestre

Consistia em pinturas e gravuras nas paredes das grutas, ou no exterior, em vastos conjuntos rochosos. Aqui encontramos figuras de animais desenhadas, pintadas ou gravadas: mamutes, bisontes, cabritos-monteses, cavalos e touros e cenas de caça. Os animais surgem, por vezes, atravessados por flechas, o que revela o carácter mágico das representações, por se pensar que favoreciam a caçada e a fecundidade dos animais, tão necessárias à sobrevivência do Homem. Aparecem também figuras humanas de forma esquemática ou simplesmente mãos e outros sinais. Tudo é representado com grande naturalismo. As cores utilizadas eram obtidas através da utilização de substâncias minerais (ocre e carvão) e vegetais, misturadas com gordura animal.

 
Encontramos importantes exemplos de arte parietal em França, nas grutas de Lascaux ; em Espanha, nas grutas de Altamira; em Portugal, em Vila Nova de Foz Côa.

 

 

A arte móvel
Constituída por pequenas estatuetas esculpidas ou por objectos decorados com baixos-relevos, que se podiam transportar (daí ser chamada móvel). Os materiais utilizados eram a argila, o marfim, o osso, as hastes de animais e a pedra.
As estatuetas femininas (mulheres de idade adulta), a que chamamos “Vénus”, atestam a existência de um culto da fecundidade.