Origem do Universo

04-03-2012 22:19

Os astrónomos defendem a teoria de que o Universo teve origem numa explosão, denominada ?Big Bang?. Porém, estão longe estabelecer um consenso relativamente a esta questão. O Universo continua a ser um enigma. Neste dossier vamos mostrar as várias teses sobre este tema.

O que é o Universo?
O Universo é o conjunto de tudo o que nos rodeia isto é, os corpos celestes e toda a matéria que se propaga no espaço, assim como a energia recebida e emitida pelos astros. É constituído por estrelas, sistemas planetários, galáxias, cometas, nublosas, satélites e muitas outras formações.
Não se sabe ao certo o motivo pelo qual se deu a formação do Universo, mas são muitas as teorias e especulações que se desenvolvem em torno deste tema. A teoria mais viável é a de que o Universo tenha tido origem numa grande explosão denominada “Big Bang”.
A idade do Universo é outra questão que coloca algumas dúvidas. Com base em cálculos matemáticos e em observações dos componentes que o constituem, em particular das galáxias, pensa-se que o Universo terá entre dez a quinze bilhões de anos.
Hoje em dia, continua em expansão. È formado por cúmulos que são constituídos por inúmeras galáxias que se agrupam em famílias, separadas por imensos vazios e espaços negros.

Como se formou o Universo?
Qual a origem do Universo?
Estas e muito mais perguntas têm acompanhado o Homem ao longo da sua existência. Teólogos, filósofos, físicos, astrónomos e cosmólogos desenvolveram várias conjecturas sobre este tema. Muitas teorias foram criadas, das mais surrealistas às mais científicas. Embora, nos dias de hoje, se tenham feito muitos avanços, o enigma continua.
Ao longo dos séculos, os astrónomos foram desenvolvendo leis e princípios sobre os astros. Os dados recolhidos por estes investigadores foram de grande utilidade para a formulação da teoria da formação do Universo.
O primeiro grande passo para o estudo do Universo foi dado por Galileu, quando usou pela primeira vez o telescópio. Até então a sua observação era feita a olho nu.
A constante evolução do telescópio possibilitou, por volta de 1920, observações fora da nossa galáxia (extra-galáxicas). Em 1929, Edwin Hubble deu um grande contributo para a cosmologia. Este astrónomo constatou que as galáxias parecem afastar-se a uma velocidade proporcional à distancia que nos separa delas. Esta teoria ficou conhecida como a lei de Hubble ou da Extensão.
A grande explosão: “Big Bang”


O que foi o “Big Bang”?

“Big Bang” é nome dado por cientistas, cosmólogos e astrónomos à explosão que deu origem ao Universo.
Pensa-se que este fenómeno terá ocorrido à cerca de quinze bilhões de anos. Segundo os astrónomos, esta explosão terá ocorrido devido a uma grande concentração de matéria e energia.

 

Como ocorreu o “Big Bang”?
Ninguém sabe ao certo o que existia antes de ocorrer o “Big Bang”.
Os cosmólogos tentam descobrir a resposta a este enigma, mas até à data ainda não conseguiram obter resultados concretos.
A teoria do “Big Bang” defende que o Universo teve origem a partir de uma violenta explosão ocorrida no “ovo cómico”- designação dada pelos astrónomos ao aglomerado de matéria e energia. Este “ovo” estava, excessivamente, concentrado e com temperaturas muito elevadas. A explosão projectou matéria e massas de gás em todas as direcções.


O que se passou depois do “Big Bang”?
Muito se especula sobre o que terá acontecido depois da grande explosão.
Segundo vários astrónomos e cosmólogos, a matéria e massas de gás provenientes da explosão terão arrefecido em consequência da sua expansão.
Nos primeiros segundos depois deste fenómeno, formaram-se os elementos leves, como o hidrogénio, que existe em grande abundância no Universo, o hélio e, provavelmente, o lítio. Os átomos mais pesados formaram-se nos quinze minutos seguintes.
Por fim, e passados cerca de dois bilhões de anos, as massas de gás formaram nuvens que, à medida que se foram expandido, arrefeceram e se condensaram dando origem à formação de estrelas e galáxias. Este fenómeno ocorreu devido à concentração da matéria.


A lei de Hubble
Até ao século XX, pensava-se que o Universo era eterno e imutável.
Em 1929, Edwin Hubble, astrónomo norte-americano, depois de ter observado a luz das galáxias, constatou que estas se encontravam em movimento, estando a afastar-se da Terra. Mas esta não foi a única descoberta que fez. Verificou ainda que quanto mais distantes estavam do nosso planeta mais se afastavam.
Com esta teoria constatou-se que o Universo era dinâmico.
A lei de Hubble consiste no seguinte cálculo matemático: V= H.r., em que o V corresponde à velocidade da galáxia em km/h, o H à constante de Hubble (70km/s/Mpc*) e o r à distância da galáxia.


O Universo em expansão
A expansão do Universo

Desde a sua criação, o Universo tem vindo a expandir-se.
Este fenómeno foi constatado por Hubble na sua Teoria da Expansão.
Aplicando a Teoria da Relatividade, criada por Einstain, pode depreender-se que a evolução do Universo depende da densidade da matéria nele existente.
Se densidade for superior a um valor crítico, pode contrair-se ou deixar de se expandir. Se a densidade for inferior a esse valor, o Universo continuará sempre em expansão.


Universo aberto

Se o Universo for aberto, continuará a expandir-se devido à existência de um período infinito de tempo, pois a matéria está dispersa num campo gravitacional que não impede a matéria de se expandir.
O facto de o Universo ser aberto não impede que estrelas, planetas e galáxias deixem de existir, pois toda a matéria do Universo tem um ciclo de duração.


Universo fechado
Se o Universo for fechado entrará em colapso, voltará a aquecer e a contrair-se, culminando com um “Big Crunch”, ou seja, toda a matéria deslocar-se-á para um ponto e será esmagada no interior de um buraco negro.
Este fenómeno acontecerá no Universo se a gravidade contrariar a expansão resultante do “Big Bang”.


O fim da expansão pode acontecer?

Após a descoberta de Hubble, muitos outros astrónomos, cientistas e físicos, que estudam o Universo, começaram a questionar-se acerca do término da expansão do Universo. Pensa-se que dependerá da quantidade da matéria e da sua força gravítica.
O futuro do Universo é incerto.
Os estudiosos da matéria colocam duas hipóteses sobre o que poderá acontecer ao Universo: ou irá ceder sob o peso da sua própria gravidade até ficar reduzido a um único ponto, ou seja, entrará em regressão, ou continuará a expandir-se.
Na década de noventa, o satélite espacial Rosat constatou que existe mais matéria invisível que matéria visível na composição do Universo. Esta descoberta vem reforçar a ideia de que o Universo é fechado e que não se irá expandir para sempre.