Lisboa Quinhentista
Lisboa Quinhentista
No século XVI, Lisboa tornou-se um grande centro de comércio. A cidade desenvolveu-se em volta do castelo. Com o aumento do comércio, a cidade estendeu-se até ao rio Tejo.
A situação geográfica de Lisboa permitiu tornar-se a capital do império português.
Imigração – Vinda de estrangeiros europeus para Lisboa, para se dedicarem ao comércio; vinda de escravos e África.
Migrações internas – Movimento de pessoas dentro do próprio país. Pessoas vindas do campo para a cidade, para se livrarem da fome e da sujeição imposta pelos senhores.
Emigração – Saída do país para outros países, à procura de uma vida melhor. Pessoas que iam povoar e explorar as terras; defender e administrar as terras descobertas; comercializar e evangelizar.
Verificou-se um Desenvolvimento do comércio marítimo na cidade de Lisboa, enquanto que o resto do país não se desenvolvia.
Principais locais ligados ao desenvolvimento do comércio no porto de Lisboa:
- Casa da Índia;
- Rua Nova dos Mercadores.
Principais ofícios ligados à construção naval:
- Carpinteiros;
- Calafates;
- Tecelães;
- Etc.
O lucro do comércio não era aplicado na agricultura, nem na indústria artesanal. Os portugueses gastavam os lucros na manutenção de muitos funcionários que ajudavam o rei a organizar e controlar o comércio, bem como rodeando-se de luxo para mostrarem a sua riqueza.
A vida na corte
Alimentação – Faziam frequentemente banquetes, servidos por muitos criados, com alimentos muito abundantes e confeccionados com produtos exóticos, “deitavam à toa e em todos grandes quantidade de açúcar, canela, especiarias e gemas de ovos cozidos”.
Vestuário – Vestiam veludos, sedas e outros tecidos vindos do estrangeiro, enfeitados com pedras preciosas e plumas.
Distracções – Festas religiosas
- Declamações de poemas;
- Representações teatrais;
- Serões musicais;
- Danças;
- Momos (representações por meio de gestos e que faziam rir);
- Torneios;
- Touradas;
- Passeios pelas ruas da cidade exibindo grande luxo.
Vida da restante população – Faziam todo o tipo de tarefas como: descargas dos navios; transporte de lixo; lavavam a roupa, etc. Viviam pobremente e passavam privações.
Cultura, Ciência e Arte – No século XVI, após as viagens das descobertas, surgem obras literárias, científicas e artísticas. Na literatura surgem peças de teatro criadas por Gil Vicente. Luís de Camões foi o maior poeta da sua época e os Lusíadas são a obra que o imortalizou.
Arquitectura – O Mosteiro dos Jerónimos e a Torre de Belém são dois monumentos desta altura, que simbolizam os Descobrimentos. Chamamos arte manuelina a estas construções, porque são do reinado de D. Manuel.
Arte manuelina – Símbolos nacionais e outros inspirados nas viagens.
Artes decorativas – As peças vinham do oriente e países da Europa (porcelanas, tapetes, colchas de seda, bordados, mobiliário, etc.)
Pintura – Temas religiosos com testemunho do contacto com outros povos.