A morte de D. Sebastião e a sucessão ao trono

01-10-2011 23:01

 

 


D. Sebastião, 1571.
Pintura atribuída a Cristóvão de Morais.
Museu Nacional de Arte Antiga
 

Ao abandonar a costa, além de fatigar o exército, o rei impossibilitou 
a retirada e perdeu o apoio dos canhões das naus portuguesas.
Os comandantes militares mais experientes chegaram a pensar 

na prisão de D. Sebastião, tão desacertado era o seu comando.
Imagem: Áreamilitar
 
 
D. Henrique I
Data e autor desconhecidos


 
 
O Império durante a União Ibérica (1581- 1640).

 

RESUMO:

A morte de D. Sebastião e o problema da sucessão

D. Sebastião morreu em combate com os mouros, sucedendo-lhe no trono seu tio-avô, D. Henrique, que morreu passado pouco tempo, sem deixar filhos.

1578 – O exército português foi derrotado nem Alcácer-Quibir e D. Sebastião morreu.
1580 – Morte de D. Henrique.
Os pretendentes ao trono eram:

 D. António, prior do Crato, apoiado pelo povo;
 D. Filipe II, rei de Espanha, apoiado pela nobreza e burguesia.

A nobreza pretendia obter cargos importantes nas áreas dominadas pelos espanhóis. A burguesia pretendia comerciar livremente nessas terras. Os dois grupos tinham esperança do rei espanhol resolver as dificuldades económicas do país.

1580 – D. António fez-se aclamar rei em Lisboa, Setúbal, Santarém e noutras cidades. Como resposta, em finais desse ano, um poderoso exercito de D. Filipe II invadiu Portugal e derrotou facilmente as forças de D. António, prior do Crato, que fugiu para França.

1581 – As Cortes de Tomar aclamaram, como rei de Portugal, D. Filipe II de Espanha, Filipe I de Portugal.


Domínio Filipino

D. Filipe subiu ao trono português, mantendo a União das Duas Coroas. Comprometeu-se a respeitar os interesses do Reino, os seus usos e costumes. Este compromisso foi cumprido nos dois reinados seguintes (D. Filipe I e D. Filipe II). O país melhorou a sua situação económica.

No reinado de D. Filipe III, por volta de 1620, a Espanha envolve-se em guerras com Inglaterra, França e Holanda. Estas conduziram ao aumento dos impostos e ao recrutamento de militares portugueses para combater nos exércitos espanhóis. As colónias portuguesas no Oriente, em África e no Brasil foram atacadas pelos inimigos de Espanha.

Motins populares – O povo começou por se revoltar contra a carestia de vida. Ex: “Revolta do Manuelinho” em Évora.

Revolta de 1640 – Conspirações da nobreza para derrubar os representantes de D. Filipe III. Assim, foi restaurada, ou seja, recuperada a independência de Portugal, sendo o Duque de Bragança proclamado rei, com o título de D. João IV.

D. João IV organizou o reconhecimento da Restauração da independência, enviando embaixadores aos principais países estrangeiros, e preparou a defesa do país:
 Formou um exército;
 Comprou e fabricou armas;
 Construiu fortalezas.

Guerra da Restauração – Em 1644 iniciaram-se confrontos entre os exércitos portugueses e espanhóis. Só em 1668  foi assinado o Tratado de Paz e reconhecida a independência de Portugal, por Espanha.

A  UNIÃO IBÉRICA

      Nas cortes de Tomar, Filipe I assumiu alguns compromissos com os portugueses. Manteríamos a nossa língua e moeda, não seriam nomeados espanhóis para cargos de governação ou dadas terras portuguesas a nobres de Espanha.
     O rei cumpriu o prometido e graças ao comércio da América, principalmente açúcar e prata, a situação económica melhorou em Portugal.

Retrato de Filipe II, cerca de 1564
Sofonisba Anguissola
Museu do Prado - Madrid

 

Neste período, a Espanha envolveu-se em guerra com diversos países europeus, enfrentando sérios ataques ao seu domínio no oceano Atlântico e ao monopólio do comércio da América. A situação piorou nos reinados de Filipe II e III.


           Os territórios portugueses eram atacados, principalmente o Brasil.

           Foram lançados novos impostos, para manter a guerra.

       Os jovens portugueses iam para a guerra, em nome dos interesses de   Espanha.

     •   Face à crescente insatisfação, Filipe III nomeou governadores espanhóis para o nosso território.