Iberos, Celtas e cartagineses

01-10-2011 21:12

 

Como tens vindo a estudar, a Península Ibérica foi habitada desde tempos muito recuados. Vários povos, originários de outras regiões, aí chegaram e provocaram alterações no modo de viver dos seus habitantes. Entre eles podemos destacar dois grandes grupos: os Iberos e os Celtas.


Os Iberos, vindos provavelmente do Norte de África, fixaram-se a Sul e a Oriente. Eram morenos e de estatura média. Conheciam a agricultura e a pastorícia. Sabiam trabalhar o cobre e o bronze (liga feita de cobre e estanho).
 

 

 


 

Os Celtas na Península Ibérica

Os Celtas, provenientes da Europa Central, chegaram depois dos Iberos. Fixaram-se no Noroeste, na zona costeira atlântica. Eram altos, louros e de pele clara. Já trabalhavam o ferro, o que lhes permitia possuir armas e instrumentos agrícolas mais fortes e duradouros do que os dos Iberos.

Os Celtas  não eram uma raça restricta e concrecta, nem sequer um povo unificado, mas sim umas tribos homogéneas pelo parentesco e por um habitat e costumes comuns, que povoavam o centro da Europa constituindo uma éspecie de agrupamento de sociedades.

A primeira vaga celta passou os Pirinéus por volta de 900 a.c.. Uns grupos procedentes do vale do Ródano, ocuparam as planícies de Urgel, e extenderam-se desde o Ebro oriental até á Catalunha.

Durante dois séculos, os Celtas não pertubaram a vida das povoções do norte da Ibéria; mas a partir de 700 a.c. uns e outros vão  encher a nossa Idade do Ferro com episódios conhecidos de amplas repercusões. Entre este período e o ano de 570 a.c. dão-se três grandes vagas e uma infinidade de vagas intermédias. Por volta do ano 600 a.c. uma destas vagas celtas chegou ao noroeste da península e assentam nas zonas da Galiza, Astúrias, Léon, Zamora,etc... Esta invasão, apesar da sua força, não fez com que se criassem cidades celtas com um certo relevo, mas misturaram-se com as povoações locais criando uma cultura com cariz ibérica e celta: Os Celtaíberos.

Este feito, e as circuntâncias que o rodearam, vão condicionar o destino dos futuros espanhois e portugueses, pois alterou profundamente a sua vida, costumes e composição étnica: por exemplo na Galiza, Portugal e Extremadura os celtas conservam-se quase puros; é o caso dos Célticos(Extremadura),Galegos(Galiza e Norte de Portugal e Zamora),Verones(La Rioja e Burgos) ou os Bascos(Navarra e Euskadi). Em outras zonas existem povos com mais ou menos sangue celta, produto da mistura dos indígenas com os celtas ficando classificados como Celtaíberos.

O carácter destes povoados tem grandes diferenças entre os habitantes do sul e do leste(mais cultos, artistas e pacíficos) e os da Meseta e do noroeste(rudes e guerreiros).


 

A economia castrense tinha uma base agrícola e ganadeira, ainda que praticassem também a caça e actividades pesqueiras(como o marisco). A agricultura era cerealista(milho e trigo), com plantas leguminosas(favas). para esta práctica utilizavam sachas e ancinhos. Para além do gado doméstico(ovelhas,cabras, porcos e cavalos), nos castros costeiros também os moluscos e crustáceos(vieiras, ostras, lapas, percebes,...) e a pesca maritima. A sua indústria mineira foi conhecida e falada por autores gregos e romanos. Destaca-se a exploração do estanho, ferro e chumbo e, sobre todo estes os metais preciosos, como o ouro. Os castrenses desenvolveram uma importante metalurgia e de ouríves.

ECONOMIA


 

Como os povos guerreiros, os habitantes dos castros conheciam diferentes tipos de armas, lanças, espadas e machados, escudos, capacetes, couraças.  

 

ARMAS

O seu panteão tinha quase cem divindades. Destacavam o deus da guerra, o deus da montanha, também havia outras divindades menores vinculadas aos caminhos e encruzilhadas, espíritos de fontes e rios,frutos, plantas ou animais,...

RELIGIÃO

Povos aguerridos, instalaram-se no alto dos montes para melhor organizar a sua defesa.

Tanto homens como as mulheres prendiam os seus cabelos com grossos alfinetes, penteavam-se com joias de ouro ou prata ricamente elaboradas. Aqueles que não podiam aceder a este tipo de joias, recorriam a produtos de bronze, com incrustações de metais preciosos . A vestimenta consistia numa saia larga, e numa camiseta em lã ou linho, ás vezes adornadas com motivos geométricos. Esta vestimenta era coberta por uma capa negra de lã para protecção do frio e da chuva. Prendiam as sua vestimentas com cinturões de coiro com apliques metálicos.

COSTUMES E VESTIMENTA


 

Este grupo compreende as províncias galegas, parte de Astúrias e a zona de Portugal e Zamora situada ao norte do Douro. Ali desenvolveu-se uma cultura de aspecto celta com características especiais, por causa dos seus recintos fortificados e as edificações circulares. Formavam pequenos povoados sem ruas e sem ordenamento urbano algum, situados em lugares altos e nas margens dos rios. Ás vezes os castros estavam rodeados de várias muralhas paralelas e as casas passaram a ser de planta redonda ou oval.

 

Estes castros abundam extraordináriamente e são parecidos uns aos outros. Não se acham neles manifestações artísticas própriamente, armas e joias são de uma grande riqueza e a sua ornamentação também se destacam os motivos geométricos. Para uma maior compreensão deste povo e as e das suas edificações, pode-se recorrer a uma definição de castro oferecida pela enciclopédia universal Espasa. Segundo esta fonte o castro é uma fortificação ou recinto fortificado, situado sempre em um pequeno monte o terreno alto e que se encontra com frequência no norte de Espanha: em Salamanca, Zamora, Leon, Astúrias e especialmente na Galiza. As opiniões dos arqueólogos tem estado divididas em relação quanto á origem e destino destas construções. O estudo apurado destas edificações a julgar pelos objectos achados nas escavações, deduz-se que foram templos funerários nem construções puramente militares. Conforme várias opiniões tratavam-se de burgos, ou seja agrupamentos de vivendas com caraterísticas defensivas em consonância com a importância do lugar e a topografia do terreno. Nem todos são da mesma época, alguns são Pré-romanos, outros romanos e outros posteriores. Na sua situação e distribuição observa-se uma estratégia definida, e a distância a que se encontravam uns dos outros leva a creer que comunicavam entre eles por sinais.  

A fortificação dos castros de forma elíptica, era constiyído de um fosso e uma muralha. No seu interior havia vivendas, erguidas ou sovacadas, de planta curva com paredes de pedra. Povoadores muito posteriores aproveitaram as edificações dos castros para construir refúgios e currais.

Estas contruções eram edificadas em colinas e escarpas. Em alguns casos reconhecem-se os caminhos que a elas conduziam. Presume-se que formavam uma rede defensiva.


 


 

Línguas pré-romanas


 

Jogo sobre os Iberos e os Celtas - 5º Ano

 
Será que já sei tudo sobre os Iberos e os Celtas?
 
 
 
“Para os Celtas (…) a colheita de frutos naturais é uma das formas de vida, nela baseavam a sua existência (…). No centro da Península Ibérica os Celtiberos (e entre eles os Lusitanos) habitavam nos montes, planuras áridas e bosques (…).

         (…) Os Iberos tinham as suas terras muito bem cultivadas com trigo e azeite. Dedicavam-se à criação de animais e praticavam um comércio rudimentar. Eram também grandes caçadores e exploravam a prata e o cobre.”

 

J. Caro Baroja, Los Puevos de España

 
Os cartagineses

 


  • Os cartagineses foram chamados pelas colónias que Tiro e os fenícios tinham na Península Ibérica para os defender dos turdetanos, povoadores do actual Teruel. Logo deixaram como seus herdeiros e acrescentaram a sua colonização até possuírem a totalidade da Península, excepto a franja compreendida entre o Ebro e os Pirineus.

 

  • Era um povo comerciante que dominava o tráfico marítimo no Mediterrâneo,os seus navios adaptados ao transporte de mercadorias não estavam aptos para a guerra e levavam pouca gente armada.

 

  • Os romanos não eram uma potência marítima mas quando começaram os conflitos com Cartago, por causa da Sicília, criaram uma frota desenhada para a guerra no mar.

 

  • Em 256 a.c., Cartago perdeu o domínio do Mediterrâneo na batalha de Heracles. Devido a isto, os cartagineses tiveram que abrir uma comunicação, não pelo litoral, mas sim pela terra dentro; esta passava pelo vale de Guadalupe, Castro Alto, Castelserás.

  • Vasilha Cartaginesa

Porto Cartaginês

Soldado Cartaginês

Barco de Mercadoria Cartaginês

Barco de Guerra Cartaginês

 

 

 

O Iberos, os Celtas e os Celtiberos

 

Península Ibérica - Iberos e Celtas
Informação retirada do livro HGP - 5.º Ano, Texto Editores


Como tens vindo a estudar, a Península Ibérica foi habitada desde tempos muito recuados. Vários povos, originários de outras regiões, aí chegaram e provocaram alterações no modo de viver dos seus habitantes. Entre eles podemos destacar dois grandes grupos: os Iberos e os Celtas.

Os Iberos, vindos provavelmente do Norte de África, fixaram-se a Sul e a Oriente. Eram morenos e de estatura média. Conheciam a agricultura e a pastorícia. Sabiam trabalhar o cobre e o bronze (liga feita de cobre e estanho). Os Iberos enterravam os seus mortos, em locais sagrados marcados por construções megalíticas.

Os Celtas, provenientes da Europa Central, chegaram depois dos Iberos. Fixaram-se no Noroeste, na zona costeira atlântica. Eram altos, louros e de pele clara. Já trabalhavam o ferro, o que lhes permitia possuir armas e instrumentos agrícolas mais fortes e duradouros do que os dos Iberos. Os celtas queimavam os mortos e depositavam as cinzas em urnas funerárias.

Povos aguerridos, instalaram-se no alto dos montes para melhor organizar a sua defesa.

A pouco e pouco, os Celtas foram-se misturando com os Iberos, dando origem aos Celtiberos. Organizaram-se em tribos (grandes grupos de famílias) que se guerreavam frequentemente.

Uma dessas tribos, a dos Lusitanoshabitava a região entre o rio Douro e o rio Tejo (a Lusitânia). Vivia também no alto dos montes, em castros, dedicando-se à agricultura, à pastorícia e à pilhagem das tribos inimigas.

Não se sabe se já conheciam a escrita. Da sua língua não restam vestígios no português actual, a não ser alguns nomes de terras.

 

 

 

Aos Iberos que já habitavam a Península, vieram juntar-se os Celtas, vindos de Norte, que se fundiram dando origem aos Celtiberos.

As comunidades agro-pastoris viviam em aldeias nos vales dos rios ou no cimo dos montes. Estas últimas, geralmente rodeadas de muralhas para defesa em caso de guerra, são os castros.

As suas casas eram pequenas, de pedra, geralmente circulares, com chão de terra batida e tecto de colmo.

 

Estes povos já prestavam culto aos mortos: construíram grandes monumentos de pedra, os megalitos, como antas ou dólmenes e menires.

  Povos do Mediterrâneo (300 a 200 anos a.C.)

 

Ø       Fenícios – Primeiro povo a navegar no Mediterrâneo e a chegar à Península Ibérica. Navegavam junto à costa em barcos muito rápidos.

 

Ø       Gregos – Chegaram à Península Ibérica algum tempo depois dos Fenícios.

 

Ø       Cartagineses – Chegaram no ano 273 a.C.

Ø       Dedicavam-se ao comércio.

- Traziam: armas, estatuetas, vidros, tecidos de cor e peças de cerâmica.

- Levavam: ouro, prata, cobre e estanho.Ø     

  Trouxeram novos conhecimentos: alfabeto, a moeda e o método de conservação de alimentos através do sal.