Comunidades agro-pastoris

01-10-2011 21:09

 

 

   Cerca de 10.000 a.C. houve grandes mudanças no clima. A temperatura subiu, derreteram-se os gelos, as grandes manadas foram para o norte, diminuiu a caça mas os terrenos ficaram livres da neve.

   Foram estas grandes mudanças que fizeram com que o Homo sapiens deixasse de viver, principalmente, da caça para se tornar agricultor.

   Agora tinha de viver sempre no mesmo sítio para semear e defender as terras, ou seja, deixou de ser nómada e passou a ser sedentário.

Isto faz também com que deixem de viver em cavernas e passem a construir casas de pedra solta, cobertas de colmo (palha), com uma só divisão. As aldeias eram construídas no alto dos montes e rodeadas de uma grande muralha, para se protegerem dos inimigos. A estas aldeias damos o nome de castros ou citânias.
 

 
Citânia de Briteiros, Guimarães.


   As armas e ferramentas de pedra lascada foram substituídas pelas de pedra polida .


 
 
Machado de pedra polida
 
 
 

   Neste período o homem fez uma série de descobertas.

 

   A necessidade de recipientes para guardar sementes e frutos, originou o nascimento da cerâmica e da cestaria. Descobriu a tecelagem, confecionando tecidos com o linho e o algodão que a terra dava, ou então com a lã, quando conseguiu domesticar os animais.

A Idade da Pedra divide-se em dois períodos, o da pedra lascada, chamado 

paleolítico (pedra antiga), o da pedra polida, chamado neolítico (pedra nova).

Mas descoberta mais importante desta época foi a metalurgia, dando início à Idade dos Metais, material em que passam a ser fabricados os utensílios. 

 
 
 
 
 

A descoberta da agricultura

   O megalitismo, construções com pedras de grandes dimensões, foi outra marca das sociedades agro-pastoris.

     Já o Homem de Neandertal enterrava os seus mortos com algum cerimonial, mas foram os primeiros agriculltores que ergueram construções para dar sepultura aos falecidos, as antas ou dólmens

 
 

 
Vê este vídeo sobre as antas ou dolmens


 

Os menires, grandes pedras enterradas verticalmente na terra, surgiram associados ao nascimento da agricultura. Seriam um culto à fertilidade da terra que dava os alimentos.

 
 
Com cerca de 7.000 anos, este é o maior menir da península Ibérica, tem mais de 7m e
cerca de 18 toneladas. É o menir da Meada e fica em Castelo de Vide, no Alentejo. 


 

O cromeleque é um conjunto de menires, dispostos de forma geométrica e ordenada. 

 
 
Cromeleque de Almendres, Évora
 
 
 

Construídos como santuários associados ao culto dos astros e da Natureza, eram locais de rituais religiosos.

 
 
Cromeleque de Almendres, Évora. Formado por 95 menires, 
este monumento foi construído em 3 fases, num espaço de 3 milénios.
 
 
 


Povos recolectores e agro-pastoris. Para jogares clica aqui
 

 

Comunidades agro-pastoris

Há cerca de 15 mil anos, o clima da Terra mudou: a temperatura aumentou e os gelos recuaram para as zonas polares.

Na Península Ibérica, a temperatura tornou-se mais amena, aumentaram as zonas habitáveis, mudou a vegetação e os animais que aqui viviam.

Mudou também o modo de vida das comunidades da Península, adaptando-se ao novo ambiente natural.

 

O Homem...

... dedicou-se à pastorícia: começou a domesticar animais como o porco, a cabra, a vaca, a ovelha, o cão e o cavalo;

... e à agricultura: iniciou o cultivo de trigo, cevada, centeio, favas, linho;

... tornou-se, por isso, sedentário: vivia em aldeias e produzia os seus próprios alimentos, já não precisando de se deslocar permanentemente para recolher alimentos;

... utilizou novas técnicas como a cestaria, a olaria e a tecelagem: para guardar os produto das colheitas fabricou cestos e vasos de barro; com a fibras vegetais e animais (o linho e a lã) fabricou tecidos;

... usou novos utensílios: apesar de continuar a usar a pedra, a madeira e o osso, fabricou novos utensílios como a foice, a enxada, a mó, o arado, a roda;

... mais tarde, descobriu os metais e praticou a metalurgia: primeiro, o cobre e o bronze; com a chegada dos Celtas, o ferro e o ouro; tanto eram usados em utensílios como em armas ou adornos.

 

 

As comunidades agro-pastoris.

 

 
Refere as vantagens das comunidades agro-pastoris quanto à descoberta da agricultura e quanto à domesticação de animais.
 

 

 

Península Ibérica - Comunidades agro-pastoris
Informação retirada do livro HGP - 5.º Ano, Texto Editores


Com o passar dos tempos, o clima da Península tornou-se mais quente e seco, o que provocou modificações na vegetação. Também alguns animais, como a rena, habituados a climas frios, deslocaram-se para outras regiões. Outros, como o mamute, não conseguindo adaptar-se às novas condições, extinguiram-se.

A alteração do clima e o desaparecimento dos grandes herbívoros, que constituíam uma parte importante da alimentação do Homem, levaram-no a alterar o seu tipo de vida; embora continuasse a caçar, começou também a domesticar e a criar alguns animais.

E começou igualmente a cultivar os campos, principalmente junto aos vales dos grandes rios, onde a água era abundante e a terra fértil. Surgiram, assim, a pastorícia e a agricultura.

Como lançou as sementes à terra, teve de esperar pelas colheitas. Tornou-se então sedentário, ou seja, passou a viver permanentemente no mesmo lugar. Construiu habitações mais resistentes para suportar os difíceis meses do Inverno.

Surgiram, assim, os primeiros aldeamentos que eram cercados para as comunidades melhor se defenderem dos animais selvagens e dos grupos inimigos.

Mas como lavrou o Homem a terra? E como apanhou os cereais?

E como guardou as colheitas?

Fabricou novos utensílios como a enxada, o arado e a foice e inventou novas actividades como a cestaria, a olaria e a tecelagem. Com a invenção da tecelagem, aproveitando a lã dos animais, protegeu-se do frio.

Como agricultor e sedentário, o Homem estava muito dependente da Natureza. Com efeito, a chuva, o sol e o vento podem ser benéficos ou destruir as culturas. Começou então a adorar essas forças da Natureza, prestando-lhes culto e oferecendo-lhes animais e produtos

 

Apresentação

 

Descobre a revolução da agricultura e da pastorícia no neolítico. Clica nas zonas destacadas da imagem para obteres mais informação sobre as mesmas.

Fonte: Gran Enciclopedia Aragonesa

 

 

O Homem do Paleolítico Superior - as comunidades recolectoras

Como era o dia normal do Homem do Paleolítico Superior? Observa as cenas da imagem e clica nas zonas destacadas para obteres mais informação sobre as mesmas.

Apresentação

Fonte: Gran Enciclopedia Aragonesa

 

Comunidades agro-pastoris

Há cerca de 15 mil anos, o clima da Terra mudou: a temperatura aumentou e os gelos recuaram para as zonas polares.

Na Península Ibérica, a temperatura tornou-se mais amena, aumentaram as zonas habitáveis, mudou a vegetação e os animais que aqui viviam.

Mudou também o modo de vida das comunidades da Península, adaptando-se ao novo ambiente natural.

 

O Homem...

... dedicou-se à pastorícia: começou a domesticar animais como o porco, a cabra, a vaca, a ovelha, o cão e o cavalo;

... e à agricultura: iniciou o cultivo de trigo, cevada, centeio, favas, linho;

... tornou-se, por isso, sedentário: vivia em aldeias e produzia os seus próprios alimentos, já não precisando de se deslocar permanentemente para recolher alimentos;

... utilizou novas técnicas como a cestaria, a olaria e a tecelagem: para guardar os produto das colheitas fabricou cestos e vasos de barro; com a fibras vegetais e animais (o linho e a lã) fabricou tecidos;

... usou novos utensílios: apesar de continuar a usar a pedra, a madeira e o osso, fabricou novos utensílios como a foice, a enxada, a mó, o arado, a roda;

... mais tarde, descobriu os metais e praticou a metalurgia: primeiro, o cobre e o bronze; com a chegada dos Celtas, o ferro e o ouro; tanto eram usados em utensílios como em armas ou adornos.

 

 

Os Celtiberos

Aos Iberos que já habitavam a Península, vieram juntar-se os Celtas, vindos de Norte, que se fundiram dando origem aos Celtiberos.

As comunidades agro-pastoris viviam em aldeias nos vales dos rios ou no cimo dos montes. Estas últimas, geralmente rodeadas de muralhas para defesa em caso de guerra, são os castros.

As suas casas eram pequenas, de pedra, geralmente circulares, com chão de terra batida e tecto de colmo.

 

Estes povos já prestavam culto aos mortos: construíram grandes monumentos de pedra, os megalitos, como antas ou dólmenes e menires.

  

 

Povos do Mediterrâneo

Há muitos séculos, Povos do Mediterrâneo visitaram a Península Ibérica, atraídos pelas suas riquezas naturais. Primeiro, os Fenícios, depois os Gregos e mais tarde os  Cartagineses.

Dedicavam-se ao comércio e vieram por mar, aproveitando as águas calmas do Mediterrâneo. Da Península, levavam metais como cobreestanhoouro e prata. Trocavam-nos por armas, tecidos, estatuetas e peças em vidro e cerâmica.

Eram povos mais evoluídos  o que permitiu aos povos da Península (Celtas, Iberos e Celtiberos) aprenderem novas técnicas artesanais (cerâmica e vidro), a conservação dos alimentos pelo sal com os Cartagineses, o uso da moeda e a escrita fenícia.

 

 

Estrabão (geógrafo do Século I), Geografia (adaptado)

 

Os Lusitanos

"O seu principal alimento é a carne de cabra... Nas três quartas partes do ano o único alimento na montanha são as glandes de carvalho que, secas, quebradas e pisadas, servem para fazer pão.

Uma espécie de cerveja feita com cevada é bebida vulgar, enquanto o vinho é raro. Comem sentados - para isto há bancos de pedra, dispostos em roda das paredes e em que os convivas tomam lugar segundo a idade e a posição. A comida circula de mão em mão...

Nas terras interiores só se conhece o comércio de troca, ou então cortam-se lâminas de prata em bocadinhos que se dão em pagamento do que se compra."

 

O Homem...

... protegia-se do frio... construindo refúgios e vivendo em cavernas; vestindo-se de peles dos animais que caçava;

... fabricava instrumentos... de madeira, pedra, osso;

... dominava o fogo... para se aquecer, cozinhar os alimentos, iluminar as cavernas, afugentar os animais ferozes;

... era nómada..., isto é, deslocava-se permanentemente em grupo, procurando os locais onde viviam os animais que caçavam;

... era artista e mágico... fazendo pinturas e gravuras nas paredes das cavernas ou nas rochas - arte rupestre.

Ainda hoje é um mistério o seu significado mas, possivelmente, faziam-no para trazer sorte às caçadas e abundância de alimentos.

 


Há muitos, muitos milhares de anos, grupos humanos, vindos provavelmente do Norte de África, fixaram-se na Península Ibérica. Os gelos cobriam grande parte da Península, pelo que o Homem teve de lutar duramente para conseguir sobreviver.
De que se alimentavam estas comunidades?

O Homem primitivo caçava, pescava e recolhia aquilo que a Natureza lhe dava - folhas, raízes e frutos silvestres; por isso se diz que era caçador-recolector.

Caçava, não só pequenos animais, como os de grande porte, construindo, para isso, armadilhas e instrumentos de pedra que depois também utilizava para lhes tirar a pele e partir os ossos.

Quando os alimentos escasseavam, o Homem tinha de deslocar-se para outras regiões; por isso diz-se também que era nómada. Vivia ao ar livre ou construía a sua casa com paus, ramos de árvores e peles de animais.

Durante o Inverno, abrigava-se nas cavernas, onde ainda hoje se encontram marcas da sua existência. É o caso das pinturas rupestres, que representam geralmente animais e cenas de caça.

Existem também marcas da presença humana em desenhos gravados ao ar livre. Sabemos que este Homem primitivo já conhecia o fogo, utilizando-o para cozinhar os seus alimentos, aquecer-se e afastar os animais ferozes.

 

Neste site podes ver vários megalitos portugueses:

https://www.360portugal.com/Menu_Megalithic/index.html

 

 

 

Vestígios